sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Fosso / O anao

Havia uma mulher que se apaixonou por um anão. Encontrara-o numa sexta, o carrinho lotado da feira, das compras que levava para sogra. Ele deu  passagem para que entrasse. Sabia que residia no 27o, pois lhe pedira que apertasse esse número no elevador. Ela desceu antes. O apartamento da sogra era no fundo. Premeu a campainha e deixou as compras. Está tudo bem? Tudo bem, disse a velha numa voz vascilante. Não esquecesse de desinfectar os pacotes, a alface fresca, para o dia. Pela porta indagou se a amiga morava no 27o. Ela confirmou. Uma hora dessas subiria para ver como estava. 

Em casa interfonou. A velha demorou a atender. Tinha feito bolo, ela aceitava? Sim, o anão ali desde novembro. Empresário ou logista, coisa assim. De meias palavras. Dividiam o sinal do wifi, que pagava em dia. As crianças. 



Sem constrangimento algum, pediu que apertasse o 27o andar. . A gravata azul, nenhum constrangimento na voz grave. Sentia se util e excitada.







 Havia uma mulher que se apaixonou por um anão. Encontrara-o numa sexta, o carrinho lotado da feira, das compras que levava para sogra. Ele deu  passagem para que entrasse. Sem constrangimento algum, pediu que apertasse o 27o andar. Sabia que residia no 27o, pois lhe pedira que apertasse esse número no elevador. A gravata azul, nenhum constrangimento na voz grave. Sentia se util e excitada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário