sábado, 4 de julho de 2020

FADA

Desde esse nao suportava a cara do marido. A incomparibilidade de horários tornava toleravel o casamento que se arrastava a cinco anos. A quarentena impunha agora um convívio diario e esgarçada/evidenciara de vez o tumulo da relação. Desde que esbarrara no anão, tinha as noite inquietas. Se masturbava loucamente com a duchinha no banho. O filho adolescente batia na porta afundando/afogando desejos. Aquela idade toda confinado no quarto. Ao se livrar do ex, viu renasce-lo no filho. A mesma inutilidade, o ar balofo, a preguiça. Amava o filho mas nao o suportava mais. Os gritos jogando Call dufy atraz da porta. Havia gente ganhando fortunas nas olimpiadas do japao. Parasitando os dias. O dinheiro apertado, faltasse tudo menos a internet. Ja tentara se matar numa ocasião, feito o pai, inutil. So ela sabia o que lge custava aquele destino de trevas. Desencantada com a vida sorvia mais copinhos de leite condensado e vomitava no banheiro. A bariatrica. O futuro distante, o rancor desse filho inutil dissolvido agora com doses de gim. As vezes passava tres dias sem tomar banho. A pilha de roupas acumuladas sem forca para passar. A ilusao do peso mantido na balanca quebrada emvaixo da cama. O vestido 45 eternamente a edpera no cabide rosa. 

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